quinta-feira, 22 de maio de 2014

Um pacto silencioso de sacrifício


O vídeo lançado na web pelo Dia das Mães emocionou homens e mulheres. Neste espaço precisamos ir além da emoção e indagar como é que ficam as mães que também exercem uma profissão fora de casa. Sem tempo, corridas e exauridas, é a resposta.

Revista local aqui em Belo Horizonte, por ocasião da data publicou matéria sobre jovens mães de classe alta que deixam profissões bem sucedidas para entregar-se à maternidade. A matéria deteve-se nos benefícios aos filhos e à família e aos momentos imperdíveis da maternidade, as primeiras palavras,  os primeiros passos, as primeiras letras.

Mas deixou de tocar no lado sombrio, e sempre há. Mas para que falar dele numa revista destinada à classe média e alta? Foi consultada a antropóloga e historiadora Mary del Priore, num pequeno quadrinho sobre este retorno ao lar.

É fato que é opção para poucas. Encontramos hoje no fórum colega que, como a maioria não tem esta opção, o trabalho externo é uma necessidade e conversamos novamente sobre a questão, não a particular mas a social, realizando trabalho tão especial e não remunerado como o mostrado pelo vídeo acima, sobram ônus sobre os ombros das mulheres que estão em campo, na lida, ombro a ombro com os homens, sem qualquer sistema de cotas ou horário a compensar tais ônus.

E mais, recebendo menos pelo mesmo trabalho.

Vamos nos calar? E selar um pacto silencioso de sacrifício e injustiça social?